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China adopta um "papel positivo" nas emissões de dívida portuguesa e espanhola

Publicado a 13/01/2011, 04:04 por House Work   [ atualizado a 18/09/2011, 11:14 por House Work ]
A China disse ter adoptado "um papel positivo" nas emissões de dívida de Portugal e de Espanha, indicando ter comprado dívida portuguesa e que viria também a participar na emissão de dívida espanhola que ocorreu hoje.


Numa notícia publicada hoje pelo “The Guardian” é avançado que responsáveis chineses deram conta da sua participação no leilão de dívida português e da intenção de licitar dívida de Espanha numa emissão que ocorreu hoje e em que o Governo de Zapatero se conseguiu financiar a 4,5% a três anos. 

“Estes são tempos difíceis e nós assumimos um papel positivo”, disse o governador-adjunto do banco central da China, Li Gang, ao jornal britânico. “Nos temos sido e somos um comprador consistente e temos investimentos de longo prazo na Europa” , disse o responsável.

Na última sexta-feira Portugal fez uma colocação privada de dívida a 18 meses, em que deverá ter pago um juro 4,75%, numa colocação em que se crê que tenha estado a China no lado do comprador, apesar de a informação não receber confirmação das fontes oficiais. 

Ontem após a emissão de dívida pública em que se registou uma descida do juros pagos na emissão de um ano e em que houve um aumento da procura face à última emissão comparável que ocorreu em Novembro, Teixeira dos Santos concedeu uma entrevista à CNN em que admitiu a possibilidade de a China ter participado no leilão. 

Questionado sobre se terá sido o suporte da China que beneficiou o leilão de dívida pública de Portugal, realizado ontem, o ministro português respondeu que “sim, poderá ter sido esse o caso, mas não estou habilitado” a dizer “se estiveram presentes neste leilão e que quantidade compraram”.

O interesse da China na dívida soberana de países da periferia europeia é agora objecto de interesse redobrado por parte dos países da Zona Euro. As manifestações de interesse da economia emergente em aplicar parte recursos em activos europeus surge como uma oportunidade de adiar, ou mesmo evitar, o pedido de ajuda que muitos têm dito estar eminente.

13 Janeiro 2011 | 11:45
Hugo Paula
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