Fernanda do Carmo sublinhou que os edifícios actualmente degradados ou abandonados nos centros das cidades constituem "um activo económico" para os seus proprietários e que, com o incentivo à recuperação, a "maior oferta" disponível provocará a diminuição do valor das rendas. Um cenário que, sublinhou, será "positivo", tendo em conta os problemas de crédito à habitação que são conhecidos. "Os proprietários têm que perceber que estes edifícios abandonados não são um activo qualquer, mas podem fazer a diferença nos nossos centros históricos", sublinhou.

A governante falava à margem do Fórum "Cidades de Futuro: Atracção pelo Mar", realizado hoje em Viana do Castelo e organizado pelo jornal Diário Económico. Em causa estão três diplomas aprovados pelo Governo na semana passada para reformar os mercados de reabilitação urbana e de arrendamento, avançando com um fundo de 1.700 milhões de euros e um conjunto de medidas que deverão estar operacionalizadas até Junho. "Um dos vectores essenciais é o financiamento e por isso temos mecanismos para garantir que o financiamento chegue às instituições públicas mas também aos privados, que assim possam investir na reabilitação dos seus imóveis", sublinhou a secretária de Estado.

Afirmou ainda que estas medidas voltadas para a reabilitação "têm um grande consenso" e foram delineadas envolvendo cinco ministérios diferentes, defendendo que a recuperação de imóveis degradados nos centros das cidades deverá ser prioritária em relação às novas construções.

Fonte: http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1815516

Diário de Notícias

por Lusa25 Março 2011